PainhoVovôChicoDoCrato
cdc.chicodocrato@gmail.com Whatsapp 71 992487469 ou 71 92028988
Capa Meu Diário Textos Áudios E-books Fotos Perfil Livros à Venda Prêmios Livro de Visitas Contato Links
Textos
A Mulher Que Mais Amei – ChicoDoCrato - Patativa do Assaré
A Mulher Que Mais Amei – ChicoDoCrato - Patativa do Assaré
ChicoDoCrato, Música, Voz, Violão,  Sintetizador, Arranjo, Mixagem e Adaptação do Cordel de Patativa do Assaré.
http://www.recantodasletras.com.br/audios/cancoes/73755
Audacity 080 Ritmo 057+30+10 em  Ré+. Gravação caseira. Gravar em estúdio.
Copyright: proibir a cópia, reprodução, distribuição, exibição, criação de obras derivadas e uso comercial sem a sua prévia permissão.
A proteção anticópia é ativada.

Era um modelo perfeito  
A mulher que mais amei,  
Linda e simpática de um jeito  
Que eu mesmo dizer não sei.  
Era bela, muito bela;  
Para comparar com ela,  
Outra coisa eu não arranjo  
E por isso tenho dito  
Que se anjo é mesmo bonito,  
Era o retrato dum anjo.

Sei que alguém não me acredita,  
Mas eu digo com razão,  
Foi a mulher mais bonita  
De cima de nosso chão;  
Era mesmo de encomenda  
E do amor daquela prenda  
Eu fui o merecedor,  
Eu era mesmo sozinho  
Dono de todo carinho  
Daquele anjo encantador.

Era bem firme a donzela,  
Só em mim vivia pensando.  
Quando eu olhava ela,  
Ela já estava me olhando.  
Para a gente conversar  
Quando eu não ia, ela vinha,  
Um do outro sempre bem perto  
Nosso amor dava tão certo  
Quem nem faca na bainha.

E por sorte ou por capricho,  
Eu tinha prata, ouro e cobre.  
Dinheiro em mim era lixo  
Em casa de gente pobre.  
Nós nunca perdíamos ato  
De cinema e de teatro  
De drama e mais diversão,  
Não faltava coisa alguma,  
As notas eu tinha de ruma  
Para nós andar de avião.

Meu grande contentamento,  
Não havia mais maior  
E nossos dois pensamentos  
Pensava uma coisa só.  
Para desfrutar a minha vida  
Perto de minha querida  
Eu não poupava dinheiro.  
Tanta sorte nós tivemos  
Que muitas viagens fizemos  
Nas terras do estrangeiro.

E quando nós se trajava  
E saía a passear  
O povo todo arredava  
Para ver nos dois passar  
Cada qual mais prazenteiro  
Deste nosso mundo inteiro  
Nós dois éramos os mais feliz  
Vivíamos nas altas rodas  
E só trajava nas modas  
Dos modelos de Paris.

Assim a vida corria  
E o prazer continuava  
Aonde um fosse o outro ia  
Onde um tivesse o outro estava;  
Para festa de posição  
Das mais alta ingorfação  
Nunca faltava convite  
Para dizer a verdade  
A nossa felicidade  
Já passava dos limites.

Era boa a nossa sorte  
E não mudava um segundo  
Ninguém pensava na morte  
E o céu era aqui no mundo.  
Na refeição nós comia  
Das melhores iguarias  
Sem falar de carne e arroz  
E por isso muita gente  
Ficava rangendo os dentes  
Com ciúmes de nós dois.

Foi uma coisa badeja  
A vida que eu desfrutei,  
Mas para quem tiver inveja  
Dessa vida que levei  
Com tanta felicidade,  
Eu vou dizer a verdade,  
Pois não engano ninguém.  
Aquele anjinho risonho  
Eu vi foi durante um sonho;  
Mulher nunca me quis bem!

A história não foi verdade,  
Todo sonho é mentiroso  
Aquela felicidade  
De tanto luxo e de gozo  
Sem o menor sacrifício,  
Foi negócio fictício,  
Não foi coisa verdadeira.  
Eu fiquei dando o cavaco:  
“Este alimento fraco  
Só dá para sonhar besteira.

De noite eu tinha jantado  
Um mucunzá sem tempero  
E acordei alvoroçado  
Sem mulher e sem dinheiro;  
Ainda reparei bem  
Para vê se via alguém  
De junto de minha rede  
Mas, em vez de tudo aquilo  
Só ouvi cantando o grilo  
Nos buracos da parede.

Bis
Quando acordei estava só  
Sem ter ninguém do meu lado,  
Era muito mais melhor  
Que eu não tivesse sonhado.  
Quem já vai no fim da estrada  
Levando a carga pesada  
De sofrimento sem fim,  
Doente, cansado e fraco  
Vem um sonho enchendo o saco  
Piorar quem já está ruim.
ChicoDoCrato e Patativa do Assaré
Enviado por ChicoDoCrato em 03/03/2017
Alterado em 17/08/2019
Copyright © 2017. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.
Áudios Relacionados:
Comentários